sábado, 17 de julho de 2010

Parábola - O Padre e o ator

Dois irmãos.
Um foi ser padre, o outro ator de teatro.
Se encontraram 20 anos depois.
O ator, um ator de renome.
O padre já tinha sua paróquia.
Ai ,um convidou o outro.
-Bem, agora eu estou aqui na sua cidade, sexta-feira nós temos a apresentação da nossa peça.
Você esta convidado a ir.
E o padre disse:
-Tudo bem, e ai no sábado você vai me visitar, na missa as 19 horas que a principal missa da paróquia.
Então os irmão combinaram de um ver ao outro atuar.
Na sexta-feira o padre foi para o teatro.
Quase não entrou, se não fosse a ajuda de um paroquiano que lhe emprestou um cheque.
Porque pagava 50 reais pra entrar no teatro.
Era um absurso, mas era o irmão dele.
Comprou o ingresso.
Quando ele entrou, já tinha umas moças na recepção.
Teatro muito bonito, ar-condicionado, cadeiras de veludo azul, um tapete vermelho.
A moça perguntou qual era o número da cadeira.
Ele nem sabia que era numerada.
Levou ele até a cadeira, arrumadinha esperando ele.
Sentou confortávelmente. Uma música suave.
De-repente, abriu a cortina, era o diretor da peça.
Saudou cada um e disse que daqui 15 minutos começa a nossa peça.
Essa peça teatral é representada pelo querido ator ( falou o nome do irmão dele ).
Ela foi escrita por Mário Lago, José Vanderlei.
O Cenário é da coreógrafa Fulana de Tal.
Engenheiro de som, engenheiro de luz, falou de toda equipe.
Entregou pra ele um folheto bonito, com fotográfia do ator, biográfia de todos na peça.
Explicando que a peça será em três atos.
Tudo bacana. Ficou impressionado. 50 reais bem pago.
Quando começou a peça, as 20 horas em ponto, abriram as cortinas, aquele silêncio.
Ninguém andando, ninguém cochixando, silêncio total.
E começou a peça, e a cada ato todos aplaudiam.
E foi ficando impressionado com o irmão, que criado com ele, se tornou um ator tão bom.
Quando terminou a peça ,duas horas depois, 22 horas, o povo aplaudia, vibrava.
E quando foi no camarim dar um abraço no irmão ,teve que pegar uma fila.
Tantas pessoas queriam abraçar o ator, e o padre cada vez mais impressionado.
Foi embora, chegou em casa meia-noite.
Dia seguinte, o irmão foi visitar o padre, acostumado com teatro chegou na igreja 1 hora antes.
Não tinha ninguém. Entrou na igreja ,e ficou lendo os nomes das pessoas escritos nos bancos.
Daqui a pouco começar as pessoas.
Tava quase na hora, ligaram o som ,deu microfônia.
O rapaz vai lá na frente e fala:
- Alô, Jesus, Jesus, alô, som, amém, amém, Jesus, amém.
Daqui a pouco vai uma senhora la na frente e começa a ler nome de defunto.
-Alma do Fulano, Alma do Ciclano.
O ator pensou ; - Que será que aconteceu ?
Baterem um sino, e começaram a cantar.
-Com minha Mãe estarei, na Santa Glória um dia, ao lado de Maria....
E o padre começou:
-Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo...
E o ator num entendia nada.
Enquanto o padre fazia o sermão, tinha criança correndo pra lá, pra cá.
Tinha uma senhora do lado dele que levou um pacote de batata-frita pro menininho dela come.
Enquanto outro chorava, mascava chiclete e pendurava no banco da igreja.
E a mãe num falava nada.
E ele firme, pois foi lá pra ver seu irmão.
Quando terminou a missa, o padre falou:
Vão em paz e que o Senhor vos alcance, porque tinha gente lá longe.
O ator foi na sacristia , chegou lá estava o padre e o sacristão.
Contando o dinheiro da coleta. R$ 27,80.
Precisava mais umas duas missas pra pagar a entrada do teatro.
Sacristão foi embora, padre tirou a batina e começaram a conversar.
E Mano, vê como o mundo ta perdido.
Ontem lá no teatro 50 reais pra entrar.
Aqui uma vez achamos uma nota de 50 reais na coleta, era falsa.
A coleta deu 27 reais. No teatro 2 horas de peça e o povo fica em silêncio.
E ninguém chega atrasado. Como é que houve essa inversão de valores.
As pessoas estão perdidas.
Ai o ator falou:
-Mano, eu acho que talvez o problema não esteja nas pessoas e sim em você.
-Na sua equipe.
Lá no teatro nos temos uma equipe que pensa em tudo.
Cenário, luz, som, segurança, divulgação, a gente ensaia muitas e muitas vezes.
E pelo que eu vi, vocês vão tudo na base do improviso.
-Tá certo que no teatro nos temos uma mentira ,que é a peça, mas agente a passa como se fosse uma verdade.
-E você que diz que tem a verdade e apresenta essa verdade como se fosse uma mentira.
Como você quer que as pessoas acreditem nisso.
Você diz que Jesus Cristo que tem palavras de vida eterna , e não tem poder de mudar a sua vida.

Isso é como vivemos nossa vida.
Trocamos as verdades pelas mentiras.
Damos ouvidos as palavras do mundo.
E deixamos a mentira tomar conta da nossa vida.
E queremos adaptar o evangelho ao nosso jeito de viver.

by Padre Léo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O que você gostaria de ouvir no seu enterro.

Fizeram uma pesquisa:
-Qual a frase que você gostaria de ouvir no dia da sua morte ?
-Ah, eu gostaria de ouvir ; - Esse foi um pai de família honrado.
Outro falou :
-Eu gostaria de ouvir ; - Esse foi o maior de todos os cantores.
-Ah, eu já gostaria de ouvir  ;- Esse homem deixou rastro de céu por onde passou.
Outro falou :
-Eu gostaria de ouvir ; - Olha, tá mexendo, tá mexendo.

By Padre lèo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sessão de Auto ajuda

Padre Léo tem medo das pessoas confundir cura interior com auto-ajuda, com coisa mágica.
Que confundam cura interior com preguiça espiritual, e com uma vida fácil.


Como uma moça, que entrou numa livraria, e viu sessão de auto-ajuda.
Ela viu um livro e pegou com as quatro mãos na hora.
De tão impressionada que ficou.
O livro tinha o título: Resolva todos os seus problemas.
-Que maravilha.
Pegou o livro, já estava levando para pagar,  perguntou pro vendedor:
-Escuta, fala a verdade, você já leu esse livro ?
-Li.
-É bom?
-É bom.
Vendedor vai falar que é ruim.
-É verdade que ele resolve todos os meus problemas ?
-Eu vou ser honesto com você.
-Eu não diria que ele resolve todos os seus problemas, mas eu diria que ele resolve a metade dos seus problemas.
-Á, então me dê dois, por favor.


by Padre Léo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Combustível para derrota



Tinha um véínho lá no Biguá que tinha uma Toyota antiga, e ele fazia pinga.
Uma vez ele bateu no carro de um rapaiz, uma BMW zérinha.
O rapaiz saiu feito louco.
O véínho falo:
- Carma, que qué isso.
- Cê é bobo, a vida num é assim não.
- Num é assim que se resorve os pobrema não, carma, esperai.
Foi lá no Jipe, pegou uma garrafa de cachaça.
- Isso é fabricação da minha fazenda, toma um golim pro cê carma.
O cara foi e tomo um gole.
- Carmo ?
- Num carmei naummmmm !!!!!
- Então , toma mais um golinho, se tá muito nervoso.
- Voceis são muito novo, novo é no impto.
- Agora, só porque eu sem vê, deformei a frente todinha desse carro ai que eu num sei nem o nome.
- Toma mais um golinho, os pobrema num é assim naum.
- Num precisa se agita.
- Carmo ?
- Carmei naum.
- Então toma mais um golim.
Depois que ele tomou um meio litro.
- Ta mais carmo ?
- Tô.
- Então, agora vamo senta aqui, espera a policia chega, e fazê o teste do bafômetro.

- A policia que vai dizer quem ta errado.
- Eu num vô fala nada.

O encardido faiz assim.
A pessoa na hora do desespero, quando ela começa a grita, berra, ela num sabe....

O encardido é igual esse véinho.

Ele vai te dando combustível pra sua derrota.

by Padre Léo.